Segundo novos estudos, o senso de justiça e a compaixão não vêm da educação ou da religião, mas podem ser fruto da seleção natural e da evolução humana
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Galileu de fevereiro/2008.
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Galileu de fevereiro/2008.
Se uma velhinha leva um tombo no meio da rua, devemos ajudá-la a se levantar ou tirar um sarro da cara dela? É uma boa idéia encher de sopapos os torcedores do time adversário num estádio de fu-tebol? E atirar ovos em pedestres do conforto de uma janela alta num edifício? Perguntas fáceis de responder, não há dúvida. Afinal, a mais nobre e universal das qualidades humanas tem a ver com isso - a capacidade de distinguir o certo do errado. Mas de onde ela vem? E a pergunta que não quer calar: por que ela nem sempre funciona?
São dúvidas que se escondem na origem da humanidade. Até outro dia, a convicção era a de que esse senso de moralidade é basicamente aprendido na convivência com os outros. Ou seja, a única forma de obter pessoas morais seria condicioná-las socialmente, declarando ao longo de toda a vida o que elas podem ou não podem fazer. Esse papel, naturalmente, caberia à sociedade e à cultura - iniciativa que elas exercem ainda hoje com mão de ferro, embora já não tanto quanto antigamente.
É claro que muitas das convenções sociais ligadas ao certo e ao errado precisam ser aprendidas. Ninguém tem como nascer sabendo, por exemplo, que desenhar em paredes (ou pichar muros de rua) é errado, ou que arrotar na frente dos outros pode não ser muito bem aceito numa determinada cultura. Mas noções básicas de justiça e retidão parecem depender do aprendizado social numa do-se muito menor do que supunham os psicólogos há cem anos.
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